A importância da avaliação e os testes de corrida.

As avaliações são de grande importância para a prescrição dos treinamentos. Como profissional, não consigo imaginar como montar um treinamento, seja ele para qual finalidade for, sem uma avaliação prévia do atleta. Neste artigo, gostaria de mostrar a importância de alguns testes específicos e que “norteiam” os treinadores e ou praticantes de corrida.

Primeiramente, é importante investigarmos as condições do atleta, pesquisando diversos aspectos, por meio de uma anamnese e avaliação física. Mas, vamos direto ao ponto, com o teste de VO2máx (volume máximo de oxigênio) direto e indireto.

O teste direto é realizado em clínicas e monitorado; já o teste indireto, a nossa cereja do bolo, é realizado na pista ou em qualquer outro espaço plano que tenha pelo menos 200 metros de distância.

Segundo Verdugo,2007, o VO2máx é o máximo consumo de oxigênio que um organismo pode ser estimulado a extrair da atmosfera, transportando-o para os tecidos e utilizando-o na produção do trabalho. Existem alguns excelentes testes para avaliar o VO2máx, um dos indicadores que utilizamos para a prescrição do treino de corrida.
* Corrida de 5 minutos, “V5” (Dabonneville): para iniciantes e pessoas de baixo condicionamento físico. O avaliado deverá percorrer a maior distância possível durante 5 minutos em velocidade constante. Tomar nota da distância percorrida em metros.  VO2= {distância(m)/5} x (0,2)+3,5
* Corrida 1.600 metros (Almeida e Tokmakids): indicado para pessoas já condicionadas ou atletas. O avaliado deverá percorrer, no menor tempo possível e em ritmo constante, a distância de 1.600 metros. Tomar nota do tempo total em minutos.  VO2= {1600 / tempo(min)} x (0,177)+8,101
* Corrida 3.000 metros (Peter Maud e Carl Foster): indicado para corredores experientes de nível intermediário a avançado e corredores de elite. O avaliado deverá percorrer os 3.000 metros no menor tempo possível. Tomar nota do tempo total e transformá-lo em segundos.  VO2= {3000 / tempo(seg)} x (60 x 0,2)+3,5
Além do VO2 máx, há também outros indicadores como a frequência cardíaca máxima e suas respectivas zonas e também o limiar aeróbia e seus valores correspondentes.

Bruno Orsetti sócio-diretor e coach na Upper Run

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