Baixas temperaturas. E agora?

Com as baixas temperaturas, o aquecimento por mais tempo é primordial. Assim como exercícios de mobilidade que vão trabalhar articulação por articulação e, além, é claro, de vestuário específico para o treino e depois dele. Correr em baixas temperaturas envolve algumas diferenças, se compararmos aos exercícios físicos em temperaturas mais altas, mas há algo que não pode mudar: a preocupação com o aquecimento!
Todo exercício físico precisa de aquecimento, se for um aquecimento específico, a eficiência fica em um patamar elevado. E é através de reações metabólicas e da termorregulação (Carvalho, 2010), que esta sensacional máquina, o corpo humano, vai trabalhar, seja no frio ou no calor, para manter tudo em ordem, em uma condição térmica adequada, tanto em repouso como durante o exercício físico.
De forma didática, quando estamos em altas temperaturas esse sistema vai diminuir a temperatura corporal por processos como a vasodilatação. Desta forma, os capilares sanguíneos aproximam-se da superfície cutânea, promovendo uma maior perda de calor pela evaporação do suor e baixando o termômetro ao nível da pele. Já em baixas temperaturas, este processo é reduzido para que o corpo não perca calor em excesso. Toda essa parte biológica é fundamental para o nosso organismo.
Outra de nossas preocupações é com relação à hidratação, pois, a ausência da mesma acelera o ritmo cardíaco, diminui o volume sanguíneo e causa sintomas como taquicardia, dor de cabeça, cansaço e vertigens. Em cenários mais extremos, pode levar à queda de pressão arterial e à perda de consciência. E, como em baixas temperaturas, nosso corpo gasta mais energia do que em altas, temos a necessidade de estabelecer e tentar manter sempre as funções equilibradas.
Outro cuidado relevante é tentar fazer atividades outdoor: lembre-se, a falta de exposição ao sol diminui a produção de vitamina D, que é fundamental para manter a imunidade em dia. Não pratique somente atividades indoor. Por exemplo, treinar apenas na esteira pode ser um atalho para a propagação de vírus. Tudo bem, sabemos que, entre os meses de junho e julho, não dá pra manter o bronzeado, mas, dentro do possível, tente correr ao ar livre.
E, por último, um cuidado muito importante, não demore muito para entrar no banho após o treino. Eu explico: depois de um treino intenso, a temperatura corporal se eleva, como coloquei anteriormente, e não é nada recomendável permanecer muito tempo exposto a uma troca repentina de temperatura. Essa variação, aliada à alteração da imunidade, faz com que aumentem as suas chances de sofrer com as consequências de uma gripe ou de problemas respiratórios. Então, assim que acabar o treino, corra para casa e entre no banho!
Bons treinos!
Adriano Cunha, fundador da Upper Run.

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