Fibromialgia e Exercício Físico

A Fibromialgia é uma síndrome crônica, não inflamatória de amplificação dolorosa, de caráter musculoesquelético e de etiologia desconhecida (Santos, et al.,2011).
Os portadores da síndrome podem apresentar, entre outros sintomas, fadiga excessiva, distúrbios do sono, cefaleia, depressão e dores localizadas em 18 pontos específicos, denominados “tender points”.
O critério de resposta dolorosa à digito-pressão em pelo menos 11 desses 18 pontos abrem a suspeita para o aparecimento da síndrome. Hoje, cerca de 5% da população mundial, apresenta Fibromialgia, principalmente, mulheres sedentárias acima de 40 anos e pessoas de cútis clara.

Os sintomas da fibromialgia podem ser amenizados com a prática de exercícios físicos que promovem melhora na resistência cardiovascular, aumento da força musculoesquelética e flexibilidade, melhora da densidade óssea e da qualidade do sono, com a liberação do hormônio GH, aumento do limiar da dor e da liberação de serotonina e norepinfrina, resultando na melhora do humor e diminuição do quadro depressivo (Feldman,1998) (Valim et al.2003) (Goldenberg, 2005).

De fato, todos os exercícios físicos podem trazer benefícios fantásticos, comprovados nas últimas três décadas, o que vai determinar um resultado favorável ou não são as variáveis como a idade, grau de condicionamento físico, intensidade e volume dos exercícios. De acordo com estudiosos, as atividades aeróbias seriam as mais indicadas, talvez pelo fácil controle da intensidade, em torno de 60% -70% da frequência cardíaca máxima, porém, as demais atividades como musculação, natação e dança alcançam os mesmos benefícios quando bem controladas pelo professor.

Assim, Adams&Julius (2005) explicam que não há a melhor modalidade de exercício físico, deve-se respeitar o princípio da individualidade biológica, a melhor modalidade será aquela que lhe dá mais prazer durante e após a realização.

Bruno Orsetti, sócio diretor da Upper Run.

Gostou do Conteúdo? Compartilhe

Facebook
WhatsApp
LinkedIn
Email