Movimentos simples, lesões graves.

Como profissional da área de Educação Física, sempre alerto meus alunos quanto aos cuidados com “os retornos”. Assim como em quase tudo na vida, a volta é sempre diferente. Em um viagem parece ser sempre mais rápida, às vezes nem parece ser o mesmo caminho, e aí que está a questão, não parece porque não é, exatamente como acontece com os exercícios. Dificilmente você ouvirá dizer que alguém torceu o tornozelo ao dar o impulso para um salto, mas quase sempre a aterrissagem é temerosa.

Dentro do universo do Yoga funciona da mesma forma, principalmente, para as linhas dessa
filosofia que adotam em sua prática longas permanências em uma mesma posição.

Muito conhecida pelos alongamentos e aquela ótima sensação de ter “soltado o corpo”, a
prática do Yoga proporciona ganhos sensíveis de flexibilidade em pouco tempo de prática
exatamente por conta do tempo de execução do alongamento estático. Exatamente, por isso,
a prática é muito utilizada como atividade laboral, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos funcionários que passam horas e horas sentados em frente ao computador, por
exemplo.

Muito tempo parado e “com o envelhecimento, os músculos tornam-se mais curtos e perdem sua elasticidade, diminuindo, principalmente, a amplitude de movimento nos ombros, coluna e quadris. O alongamento auxilia nos efeitos do declínio normal da flexibilidade de suas articulações, e a permanecer ativo e independente” (SCHRFIT, 2013). Assim, o que poderia ser motivo de preocupação, como olhar para trás ou simplesmente se espreguiçar, depois de muito tempo apoiado, passa a ser um movimento comum.

Em cinco anos de prática não presenciei nenhuma lesão muscular na execução dos
alongamentos, sejam passivos ou ativos, mas os retornos…

Dentro da prática sempre repito: “quanto maior o tempo de permanência, maior o tempo que vamos demorar para retornar”. As contrações musculares involuntárias executadas pelo corpo por conta do intenso estímulo do OTG e fuso muscular já são suficientes para se preocupar durante o retorno de um alongamento, principalmente depois de longas permanências. O retorno à posição inicial ou a passagem para um próximo “ásana” deve ser lenta e gradual de preferência não contraindo, voluntariamente, o membro ou grupo muscular estimulado para evitar um estiramento, que tem o seu tempo de recuperação de poucos dias, até poucos meses.

Coach Josa

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