Os dois lados da mesma moeda

Muitas e pequenas mudanças da vida moderna vêm ocorrendo há
pelo menos meio século e, muitas vezes, nem percebemos que a cada dia ficamos
mais acomodados. Há alguns anos, para subir e descer o vidro do veículo era
necessário girar uma manivela por alguns segundos. A ação evoluiu para segurar
uma pequena trava por alguns segundos; depois, um simples toque abre e
fecha.  Agora, um comando de voz…

A indústria facilita nossas vidas criando utensílios e
ferramentas para nosso dia a dia dentro e fora de casa, no trabalho e até
durante o lazer. E todas essas facilidades resultam em menos movimento.

Tarefas diárias podem ser realizadas com um simples toque em
nosso aparelho celular: inúmeros os aplicativos possibilitam desde a compra de
algum utensílio até a contratação para a execução de alguns serviços. E nessa,
esses aplicativos vão, diariamente, facilitando ainda mais a
“terceirização” de nossos próprios serviços.

Neste cenário, temos a corrida de rua, uma modalidade que
cresce anualmente e oferece diversas possibilidades aos profissionais de
educação física. Para ingressar nessa área com sucesso, o presidente da ATC
(Associação de Treinadores de Corrida de São Paulo) indica que a formação na
área é essencial, assim como estágios e especialização em corridas, “assim como
o médico faz na área em que irá atuar”.

Correr também é importante, porque vai trazer um tato único
ao profissional que saberá, exatamente, o que seus esportistas sentem em cada
treino ou prova. “Precisa dispor de uma boa equipe multidisciplinar,
atualizar-se sempre e ter muita sensibilidade para atender, sobretudo, os
corredores amadores”. É também de suma importância amar o que faz, porque
“somente a motivação intrínseca nos leva a desenvolver nosso ofício com mais
responsabilidade, ética e profissionalismo”.

Agora, existe o lado B de todas essas transformações. A
tecnologia também ajuda no processo de melhoria da corrida. Podemos iniciar com
as roupas, que possuem isolante térmico, permitindo que a troca de calor entre
o corpo e o meio ambiente seja a menor possível. Importante lembrar que quanto
menor é a perda de calor pelo corpo, maior será a energia canalizada para o
movimento, ajudando na performance do praticante. Com a respiralidade do corpo
é igual: quando o tecido possui alta capacidade de absorver água, como é o caso
do algodão, as roupas podem ficar extremamente molhadas durante o exercício
físico.

E os monitores cardíacos então? Eles trazem dicas tanto para
o praticante iniciante, quanto para o mais experiente. O iniciante precisa de
informações básicas sobre queima de calorias, tênis adequado, quantidade de
passos dados ao longo de um dia de treino. O experiente busca melhorar ainda
mais a performance, com novo patamares de provas e por aí vai…  

A tecnologia traz também benefícios para os cuidados da
pele: proteger-se do sol é uma questão obrigatória em esportes ao ar livre,
como é o caso da corrida de rua. Daí a importância de adotar roupas e
acessórios com proteção UV, que possuem fios constituídos de materiais capazes
de bloquear os raios solares UVA e UVB. Estes tecidos têm ainda uma função
bacteriostática que evita a proliferação de fungos e bactérias e o aparecimento
de possíveis doenças de pele. Assim, as frentes tecnológicas esportivas ajudam
e muito no lado B dessa relação.

Saia da inércia, aproveite as tecnologias disponíveis para o
bem e bons treinos.

* Adriano Cunha é CEO da Upper Run.

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