Comecei fazer esporte com 6 anos de idade e nunca parei, foram inúmeras modalidades. Não sofri lesão séria competindo em um nível de performance no Judô, dos 10 aos 15 anos; e, na Natação, dos 16 aos 18 anos, infelizmente aconteceu por falta de conhecimento e atenção do meu treinador na época (depois de estudar com um dos melhores técnicos do Brasil, ficou nítido reconhecer).
Na faculdade de Educação de Física escutei de uma professora uma das frases mais verdadeiras e que carrego comigo até hoje: “Mais da metade dos profissionais de Educação Física são ex-atletas lesionados e/ou atletas frustrados por não conseguir atingir seus objetivos. Portanto, estudem! Para não lesionar seus clientes e não frustrar seus atletas”.
Mesmo atuando menos como treinador, esse ensinamento faz parte do meu dia a dia. E tenho certeza que o carregarei até o último dia da minha carreira. Porque o exercício físico só faz bem para o ser humano independente de gênero, idade, cor, etnia…
Mas o problema do exercício físico é a lesão. E a lesão é causada por falta de preparação de quem prescreve ou de quem executa por não seguir as orientações do seu treinador. Ou seja, o epicentro é sempre o profissional que prescreve. E na corrida, não é diferente, ou melhor, na corrida o cenário é ainda mais preocupante: 92% dos corredores se lesionam em sua vida (A. Lopes,2014).
E essa preocupação move o meu dia a dia, pois, escolhi mudar a vida das pessoas, com qualidade. Por isso fundei a Upper Run em agosto de 2014 para mudar esse cenário. E, devagar, sem pressa – porque ainda somos pequenos – estamos conseguindo: estamos começando 2019 com um índice de lesão em nossos clientes menor que 3%, o que traz para todo o Time Upper Run um sentimento de felicidade com a sensação que estamos no caminho certo.
A corrida é uma atividade maravilhosa que traz inúmeros benefícios, entre eles, o impacto, que estimula uma célula óssea (osteoblasto) que tem a função de capturar o cálcio da corrente sanguínea e depositar dentro do osso. Assim, aumenta sua saúde e resistência, e prevenindo possíveis casos de osteopenia e osteoporose (FC Zazula, 2003). Tanto a corrida, quanto a caminhada promovem esse benefício.
Portanto, saia do sofá, faça exercício físico, faça corrida, mas tenha bastante cuidado no momento de escolher os profissionais que vão cuidar de você. Afinal, o corpo humano não aceita desaforo.
Bons treinos!
Adriano Cunha.