Corra da Endometriose, movimente-se!

A endometriose é uma enfermidade inflamatória crônica que afeta 10% das mulheres e pode alcançar até 50% quando a queixa refere-se à infertilidade ou dor pélvica. Mais de 7 milhões sofrem com a doença no Brasil.

Em um estudo epidemiológico realizado pela USP e UNICAMP, das 450 mulheres entrevistadas, 54,7% se queixaram de dor pélvica, 86,2% de dismenorreia, 16% de dor pélvica crônica e 3% de dispareunia (NENE, 2002).

Por conta de tratamentos ineficientes, aumentou a busca por métodos alternativos para controlar a doença e diminuir as chances de recidiva após a realização dos tratamentos convencionais. Nessa linha de conduta existe a tentativa de favorecer o sistema imunológico através de dieta, exercícios e controle do estresse. Pelo fato de ser considerada uma doença multifatorial, melhorar a qualidade de vida é uma das metas principais de abordagem dessa doença (MILLER, 2000).

A qualidade de vida é influenciada pela saúde física, psicológica, nível de independência e relações sociais. A prática de atividade física pode auxiliar nesse aspecto, principalmente, no fator mental, o qual é bastante comentado, porém, pouco conhecido. Uma série de mecanismos psicológicos são postulados como distração, lazer e interação social, além de mecanismos físicos como liberação de endorfinas. Foi observado, em um estudo, que uma sessão de dança, predominantemente aeróbica, durante 60 minutos, foi uma boa estratégia para o controle de sintomas depressivos (LANE&LOVEJOY,2001).

Se a atividade física tem o poder de melhorar a qualidade de vida e a má qualidade de vida está relacionada como uma piora sintomática da endometriose, então a atividade física está totalmente indicada para as mulheres acometidas por essa patologia.

Os estudos citam exercícios aeróbios como desencadeantes de liberação de endorfinas, na pratica, eles devem ser realizados fora da crise de dor, do contrário, movimentos lentos buscando relaxamento somados a mobilização pélvica, procurando desfazer tensões, são mais aconselhados durante o período de dor.

Bruno Orsetti, sócio diretor da Upper Run

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